Saúde mental também é uma questão de educação

19 de setembro de 2025


Em poucas palavras: a saúde mental está diretamente ligada ao aprendizado. Pesquisas mostram que estudantes com altos índices de ansiedade, depressão ou estresse apresentam queda significativa de desempenho. É nesse contexto que a educação socioemocional e o bem-estar escolar se tornam prioridades, especialmente em setembro, mês de conscientização do suicídio e valorização da vida.

Setembro Amarelo: quando a vida entra na sala de aula

Durante o setembro amarelo, multiplicam-se campanhas de prevenção, palestras e rodas de conversa. Mas, passada a mobilização, fica a pergunta: e o resto do ano? Crianças e adolescentes passam grande parte do tempo na escola, o que torna esse espaço estratégico para reconhecer sinais de sofrimento emocional e criar uma cultura de cuidado.

A Organização Mundial da Saúde alerta que metade dos transtornos mentais começa antes dos 14 anos. No Brasil, estudos recentes apontam que sintomas de ansiedade e depressão já estão entre os principais fatores que afetam o desempenho escolar. Ou seja: o tema não é periférico, é central.

Do alerta à ação

Esse cenário revela a importância da educação socioemocional. Para além dos conteúdos acadêmicos, a escola precisa ajudar os estudantes a desenvolver autoconhecimento, empatia, resiliência e cooperação. A BNCC já inclui essas competências como parte da formação integral, mas a prática depende de intencionalidade pedagógica.

Quando uma turma aprende a lidar com frustrações em grupo, quando um professor valoriza a escuta ativa ou quando a literatura abre espaço para falar de sentimentos, a escola deixa de ser apenas transmissora de conteúdos e se transforma em espaço de vida.

Bem-estar escolar: aprender em ambiente saudável

Cuidar da saúde emocional de estudantes e professores é também cuidar do bem-estar escolar. Isso inclui desde políticas de valorização docente até a criação de ambientes acolhedores, capazes de reduzir tensões e favorecer o aprendizado.

Pesquisas como a da Fundação Carlos Chagas reforçam que estudantes que se sentem respeitados e pertencentes aprendem mais e se engajam melhor. Do mesmo modo, professores que recebem apoio emocional e reconhecimento tendem a criar vínculos mais fortes com seus alunos.

Literatura e materiais que fazem diferença

A escola não precisa enfrentar esse desafio sozinha. Recursos didáticos podem ajudar a transformar o tema em prática pedagógica. A Editora do Brasil, por exemplo, possui diversos materiais didáticos e literários que podem estar ao lado da escola:

  • Na rede privada, livros como 1 Milhão de Mistérios e Bateria 100% Carregada tratam de autoestima, equilíbrio e cuidado de forma lúdica, abrindo espaço para conversas em sala de aula.
  • Na rede pública, o Sistema de Ensino Transforma Brasil inclui seções de educação socioemocional que trabalham autonomia e consciência emocional desde os primeiros anos, dando aos professores ferramentas práticas para lidar com sentimentos no dia a dia.

Assim, o currículo ganha novas camadas: Matemática e Ciências convivem com empatia e resiliência, em uma formação que prepara para provas e, sobretudo, para a vida.

Afinal, falar de saúde mental na escola não significa transferir para o professor a função de psicólogo. Significa reconhecer que a aprendizagem só acontece de forma plena quando as emoções também encontram espaço. Tanto na rede pública, onde podem faltar recursos, quanto na privada, onde as pressões de desempenho podem ser intensas, o compromisso é o mesmo, criar ambientes em que estudar seja também se sentir cuidado.

Perguntas frequentes (FAQ)

O que é saúde mental na escola?
É o conjunto de ações que promovem ambientes saudáveis para estudantes e professores, prevenindo sofrimentos emocionais que afetam o aprendizado.
O que significa educação socioemocional?
É o desenvolvimento de competências como empatia, autoconhecimento, colaboração e resiliência, trabalhadas de forma transversal no currículo.
Por que Setembro Amarelo é importante para a escola?
Porque reforça a prevenção ao suicídio e ajuda a colocar a saúde mental no centro da vida escolar, não apenas em um mês, mas durante todo o ano letivo.
Como promover o bem-estar escolar na prática?
Com políticas de valorização docente, espaços de escuta, projetos literários e artísticos e materiais que tratem das emoções de forma acessível.

Editora do Brasil S/A
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